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quarta-feira, 7 de março de 2012

É tempo de colher azeitonas


O experimento com as oliveiras em Campo Erê é uma parceria entre a Epagri e o Cedup

Na semana passada estive em Campo Erê-SC para acompanhar a colheita de azeitonas de um dos vários experimentos realizados pela Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) em todo o estado catarinense.

Alunos do Cedup fazendo a colheita
Lá conversei com Dorli Mario da Croce, que é pesquisador do Cepaf (Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar) da Epagri de Chapecó e também com o professor de fruticultura do Cedup (Centro de Educação Profissional), Cristian Rodrigo Dias.

Prof. Cristian Rodrigo Dias (à direita)
O experimento com as oliveiras em Campo Erê é uma parceria entre a Epagri e o Cedup, que disponibiliza um hectare de terra onde atualmente estão plantadas cerca de 40 cultivares. Os cuidados com as oliveiras incluindo podas e colheitas são realizadas com a ajuda dos alunos do Cedup, que aproveitam a ocasião para aulas práticas, lecionadas pelo professor Cristian. 

A produção de azeitonas é algo novo no Estado, na verdade é um projeto ousado e considerado extremamente rentável. Dorli que também é o coordenador estadual do chamado ‘Projeto Oliveiras’, disse-me que foi ainda em 2005 que iniciaram as pesquisas práticas com as oliveiras.

O pesquisador ressaltou que mais de 60 variedades fizeram parte dos experimentos em toda SC. Destas pelo menos seis se desenvolveram promissoramente. As pesquisas ainda não foram finalizadas, por isso, mesmo com o desenvolvimento animador de algumas variedades, ainda é necessário cautela, pois não dá para dizer que qualquer agricultor pode ter sucesso com esse tipo de cultivo. 

Pesquisador da Epagri, Dorli da Croce
"É uma cultura nova, não podemos chegar em qualquer local e adquirir mudas de oliveiras, temos antes que avaliar as condições. É importante obter um material genético que esteja produzindo e que tenha apresentado resultados. Nossa pesquisa [da Epagri] está aí para indicar os melhores caminhos para que não haja erros", aconselha o pesquisador do Cepaf.  

Em setembro de 2010, já havia feito uma matéria com os experimentos de oliveiras no Cedup em Campo Erê, naquela ocasião conversei com o professor de fruticultura Jones Maschio. É sempre muito bacana retornar em algum lugar para fazer uma nova matéria sobre determinado assunto, e poder acompanhar a evolução das coisas e as mudanças que ocorreram.

Mais de 60 variedades fizeram parte dos experimentos em SC
Enquanto entrevistava (conversava) Dorli, ele fez um comentário interessante. Disse-me que apesar de os experimentos com as oliveiras ainda não terem sido terminados, já havia produtores que iniciavam o cultivo particular com as variedades da pesquisa da Epagri que apresentavam melhor desenvolvimento.

“Um destes produtores mora em São Miguel do Oeste”, contou o pesquisador. Peguei algumas informações e depois de dois dias fui tentar localizá-lo. Não foi difícil encontrar e produtor do qual Dorli se referia. Trata-se de Eduardo Francisco Bregola Junior que é agente penitenciário da UPA (Unidade Prisional Avançada) em São Miguel do Oeste. 
Aluno do Cepud em Campo Erê, colhendo azeitonas
Interessante que ele não é agricultor, mas revelou que quando ficou sabendo do projeto decidiu reservar oito hectares da propriedade de campo da família que fica na linha Caravaggio divisa entre os municípios de São Miguel do Oeste e Guaraciaba, para plantar cerca de três mil pés de oliveiras.

"Quando os agricultores começarem a produzir e perceberem que é um bom negócio, tenho certeza de que muita gente vai investir nisso. Nossa ideia futuramente é construir uma agroindústria de extração de óleo extra virgem em parceria com outros produtores", comentou Bregola.

As matérias estão disponíveis em:


É tempo de colher azeitonas / Março de 20102

terça-feira, 6 de março de 2012

Remate de Gado Geral

Evento comercializou 722 animais e movimentou mais de R$ 600 mil
32 produtores da região extremo oeste catarinense comercializaram um total de 722 animais

No final do mês passado estive fazendo a cobertura do primeiro Remate Geral de Gado do ano, realizado pela ACBEOSC (Associação de Criadores de Bovinos do Extremo Oeste de Santa Catarina), em São Miguel do Oeste - Esta foi minha última cobertura antes da formatura no curso de jornalismo.
O evento lotou de interessados e movimentou R$ 610 mil, de acordo com informações do presidente da Associação e engenheiro agrônomo, José Milani Filho.
Ao todo 32 produtores da região extremo oeste comercializaram um total de 722 animais, entre os quais bezerros, novilhas, vacas e bois. "Todos os animais que entraram para serem leiloados foram comercializados. Tivemos 22 compradores das cidades da região, o que significa que o extremo oeste é autossustentável, tanto na produção, cria, recria e terminação", destacou Milani.
Os preços de comercialização dos animais, conforme o presidente da ACBEOSC, ficaram dentro dos parâmetros de mercado e foram considerados bons, tanto para os compradores como para os vendedores. O quilo vivo dos bezerros (animais até 250 quilos) ficou em R$ 4,00; do boi (acima de 250 quilos) foi de 3,68. Já o quilo vivo das novilhas e vacas foram comercializados a R$ 3,45 e R$ 2,64 respectivamente.
O próximo Remate Geral de Gado está marcado para o dia 28 de abril. Será o segundo realizado em São Miguel do Oeste de um total de seis que ocorrerão durante este ano. Seguem algumas fotos que tirei do remate.